quinta-feira, 17 de novembro de 2011

TCU aponta irregularidades no Minha Casa Minha Vida

O Tribunal de Contas da União (TCU) encontrou uma série de irregularidades envolvendo o programa habitacional Minha Casa Minha Vida. Os problemas incluem cadastros com informações falsas sobre a renda familiar de beneficiários e fiscalização precária. Segundo os auditores do tribunal, milhares de pessoas têm se beneficiado indevidamente do Minha Casa, ao apresentarem um perfil de renda inferior àquele que realmente têm.


A análise do tribunal baseia-se em uma amostra de 296 mil contratos firmados com a Caixa Econômica Federal (CEF) até setembro do ano passado. Desse total de contratos auditados, os quais somam R$ 18,2 bilhões de recursos fiscalizados, constatou-se que a renda apresentada pelos signatários de 55,9 mil contratos (23%) é superior àquela cadastrada no Sistema Integrado de Administração da Carteira Imobiliária (Siaci), que é a base de dados usada pela Caixa para executar o programa. A partir dessa constatação, o tribunal checou a renda familiar apresentada à Caixa, já que é este o critério usado para a escolha dos beneficiários. Foram identificados 8.098 contratos com indícios de omissão de renda ou de falha na análise dos rendimentos apresentados.


Em situação mais crítica estão 530 contratos que, de acordo com o relatório do TCU, foram aprovados pela Caixa com famílias que têm renda mensal superior a R$ 4,9 mil, valor máximo permitido para participação no programa.


A varredura do TCU é resultado do cruzamento do Siaci com outras fontes de dados do poder público. A consistência de informações sobre a renda das famílias é crucial para o sucesso do programa, já que o Minha Casa está dividido em diferentes níveis de renda. De sua primeira fase, por exemplo, que prevê 1 milhão de moradias para a população de baixa renda, 400 mil são destinadas a famílias com renda até R$ 1.395.


O enquadramento indevido de um beneficiário em uma faixa de renda menor significa, em termos práticos, que ele terá um subsídio maior para comprar o imóvel, além de pagar uma taxa de juros menor. A título de exemplo, a auditoria do TCU cita uma situação hipotética de um beneficiário que, para financiar a compra de uma casa nova em São Paulo, apresenta uma renda mensal de R$ 1,5 mil, mas omite uma segunda fonte de renda de R$ 500. No fechar das contas, esse beneficiário receberia um subsídio de R$ 21,4 mil. Se ele apresentasse os comprovantes dos R$ 2 mil que realmente recebe, seu subsídio atingiria R$ 13,8 mil, ou sela, R$ 7,6 mil a menos.


O relator do processo, ministro Marcos Bemquerer Costa, disse que a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades (gestora do programa) e a Caixa não contam com rotinas claras para verificar se os municípios beneficiados pelo Minha Casa estão aplicando os critérios adequados na seleção das famílias. Costa afirmou ainda que há problemas de divulgação das regras do programa para a população e o projeto habitacional não tem cumprido a meta de ter 3% de suas casas reservadas para chefes de família que tenham mais de 60 anos de idade. Da amostra de 296 mil contratos analisados pelo tribunal, só 1,49% desse total se enquadrava nesse perfil.


O TCU determinou que a Caixa faça a revisão dos contratos irregulares e apresente o resultado desse trabalho ao tribunal em até 120 dias. O órgão fiscalizado também recomendou à Secretaria Nacional de Habitação que amplie a divulgação do programa.


O advogado Guilherme Lopes Mair, que representa a Caixa, afirmou que a Caixa já deu início às revisões dos contratos. "Desde o início dos trabalhos de auditoria realizados pelo tribunal, a Caixa tem se valido desses apontamentos para implementar melhorias dos controles e da sistemática do programa", disse. Segundo ele, o banco também firmou um convênio com a Polícia Federal para que atue no combate às fraudes que envolvem o Minha Casa.


Iniciado em abril de 2009, o programa entregou até o fim de outubro 438.449 moradias referentes à primeira fase, cujas contratações terminaram em dezembro de 2010. Isso representa 43,6% do total de 1 milhão de unidades contratadas até o fim do ano passado. A expectativa do governo federal é que todas as unidades dessa primeira fase sejam entregues até o último trimestre do ano que vem.


Fonte: Valor Econômico, André Borges (adaptado)

sexta-feira, 11 de novembro de 2011

11/11/11 - Publicada no DOU a Portaria de Oferta Pública do SUB50

As condições da oferta pública de recursos no âmbito do Programa Minha Casa, Minha Vida em municípios com população de até 50.000 (cinquenta mil) habitantes, integrante do Programa Nacional de Habitação Urbana - PNHU, para participação de instituições financeiras e agentes financeiros foram publicadas no DOU de hoje, Portaria No. 531, de 10 de novembro de 2011. 

Para que as instituições financeiras e agentes financeiros  possam participar do certame, deverão, obrigatoriamente, obter autorizações do Banco Central do Brasil - BACEN e do Ministério das Cidades.

 O valor da subvenção econômica destinada a facilitar a produção dos imóveis residenciais em municípios com população de até 50.000 (cinqüenta mil) habitantes será de R$ 25.000,00 (vinte e cinco mil reais) para cada beneficiário. A quantidade de cotas de subvenção a ser ofertada será de 110.000 (cento e dez mil), distribuída regionalmente, conforme quadro abaixo:


GRUPO
REGIÕES
COTAS DE SUBVENÇÃO
I
N O RT E
11.404
II
NORDESTE
43.976
III
SUDESTE
29.304
IV
SUL
14.942
V
CENTRO- OESTE
10.374

TOTAL
110.000









Os recursos serão disponibilizados pela Secretaria Nacional de Habitação às instituições financeiras e agentes financeiros participantes em 5 (cinco) parcelas, conforme segue:  15% (quinze por cento), 25% (vinte e cinco por cento),  15% (quinze por cento),  25% (vinte e cinco por cento), 40% (quarenta por cento)  25% (vinte e cinco por cento),  do total da subvenção , respectivamente, após a comprovação dos percentuais de obra executada que deverá ser comprovada por meio do envio dos relatórios mensais de andamento das obras; e a 5ª parcela no valor de 10% (dez por cento) do total da subvenção após a conclusão das obras e entrega das unidades habitacionais.


As instituições financeiras e agentes financeiros interessados em participar da oferta pública de recursos deverão apresentar até o próximo dia 16 de novembro, a documentação necessária para participação, conforme cronograma abaixo : 

Até dia 16/11/2011

Entrega, até as 18h, no protocolo do Ministério das Cidades e no protocolo do Edifício-Sede do BACEN, em Brasília, das solicitações para as autorizações previstas no subitem 2.2.1 pelas instituições financeiras e agentes financeiros definidos no parágrafo 2º do Art. 6-B da Lei 11.977, de 2009, interessados em participar da Oferta Pública.
Até dia 02/12/2011

Entrega pela SNH e pelo BACEN, do resultado da solicitação para autorização, prevista no  subitem 2.2.1, às instituições financeiras e agentes financeiros definidos no parágrafo 2º do Art. 6-B da Lei 11.977, de 2009, interessados em participar da Oferta Pública.
Até dia 14/12/2011

Entrega no Protocolo do Ministério das Cidades e/ou no Protocolo do Edifício-Sede do BACEN, em Brasília, da solicitação de reconsideração de eventual indeferimento do item anterior.
Até dia 20/12/2011

Resultado dos pedidos de reconsideração de eventual indeferimento interpostos ao BACEN e/ou à SNH.
Dia 21/12/2011

Data da oferta pública: Acolhimento das propostas.
DIa 22/12/2011

Abertura dos envelopes das propostas.
Dia 26/12/2011
Divulgação do resultado da oferta pública no Diário Oficial da União e no endereço eletrônico do Ministério das as Cidades: http://www.cidades.gov.br/.


Aos que desejarem o FNSHDU,  por meio da parceria com o INCON, estará disponibilizando a Portaria No. 531, em formato PDF, solicitando através do e-mail : fnshu.presi@gmail.com a PORTARIA No. 531.



quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Encontro Nacional MINHA CASA, MINHA VIDA: Oportunidades e Desafios para as Companhias de Habitação

A Associação Brasileira de COHABs – ABC e o Fórum Nacional de Secretários de Habitação estarão reunidos no dia 01 de dezembro de 2011, o evento se destina aos Secretários de Habitação e Presidentes de Companhias Habitacionais Estaduais para discussão e encaminhamentos referentes aos PROGRAMA MINHA CASA, MINHA VIDA: Oportunida​des e Desafios para as Companhias de Habitação.

A Programação da reunião e condições para participação estão disponíveis através do site da ABC, ou, por solicitação através do e-mail do FNSHDU,
fnshdu.presi@gmail.com.

FGTS aplicará R$ 44 bilhões na economia brasileira em 2012

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) aprovou, na quarta-feira (9/11), o Orçamento Financeiro, Operacional e Econômico do Fundo para o exercício 2012.


Com a aprovação, R$ 26 bilhões serão destinados à habitação popular. Os recursos para saneamento básico e infraestrutura urbana somam R$ 10 bilhões.


Adicionalmente a estes recursos, o FGTS subsidiará descontos destinados às famílias de menor poder aquisitivo.


Dos quase R$ 4,5 bilhões a serem aplicados em descontos para moradia popular, R$ 3 bilhões serão utilizados exclusivamente em empréstimos pelo Programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV).


2011


O conselho aprovou, ainda, suplementação no orçamento dos programas de habitação popular de 2011, agregando mais R$ 6,2 bilhões.


Com esse acréscimo, o orçamento do ano atinge R$ 54,74 bilhões, dos quais R$ 36,6 bilhões destinados a habitação popular.


Fonte: Brasil Econômico, Redação

Publicado o Decreto nº 7.603 que regulamenta as condições para aprovação dos projetos de investimento considerados prioritários

Regulamenta as condições para aprovação dos projetos de investimento considerados como prioritários na área de infraestrutura ou de produção econômica intensiva em pesquisa, desenvolvimento e inovação, para efeito do art. 2o da Lei no 12.431, de 24 de junho de 2011, e dá outras providências.

Acesso ao Decreto na íntegra:
http://www.in.gov.br/imprensa/visualiza/index.jsp?jornal=1&pagina=1&data=10/11/2011


Fonte: Diário Oficial da União

Publicada a Portaria nº 518 do Ministério das Cidades que estabelece condições para a contratação de operações – PAC 2

Estabelece condições para a contratação de operações de Saneamento, Habitação e Encostas selecionadas na segunda fase do Programa de Aceleração do Crescimento - PAC 2.

Acesso à Portaria na íntegra:
http://www.in.gov.br/visualiza/index.jsp?data=10/11/2011&jornal=1&pagina=79&totalArquivos=196

Fonte: Diário Oficial da União

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Secretaria da Habitação promove II Encontro de Municípios de São Paulo

A Secretaria Estadual da Habitação promove nesta quarta-feira, dia 09 de novembro, o II Encontro de Municípios de São Paulo. O evento faz parte do processo de elaboração do Plano Estadual de Habitação, que se encontra em fase de conclusão e tem como objetivo apresentar aos municípios paulistas as diretrizes, metas e estratégias de ação propostas, com destaque para o debate das especificidades regionais que deverão ser consideradas na implementação das ações do Estado. A abertura será às 9 horas e contará com a presença do secretário Estadual da Habitação, Silvio Torres.


Para esse encontro foram convidados os setores técnicos da área de Habitação das administrações municipais, com destaque para os responsáveis pela elaboração e implantação dos Planos Municipais de Habitação de Interesse Social, que deverão colaborar na indicação de suas ações com as proposições regionais e estaduais, visando o aperfeiçoamento da Política de Moradia Social no estado paulista.


Fonte: Agora Vale, Comunicação

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Secretária Nacional de Habitação participa de missão técnica na França

Inês Magalhães irá participar do 28º Salão Internacional da Construção - BATIMAT


A Secretária Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, Inês Magalhães, participa nesta semana (7 a 11 de novembro) de missão técnica na França. O objetivo é o aprimoramento dos instrumentos dos programas Minha Casa, Minha Vida e Programa Brasileiro da Qualidade e da Produtividade do Hábitat – PBQP-H, e a participação no 28º Salão Internacional da Construção – BATIMAT, em Paris.


O BATIMAT é o maior salão da construção do mundo, que ocorre a cada dois anos e que neste ano tem como tema “Eficiência Energética nos Edifícios”, voltado para a discussão de construções sustentáveis. O Brasil foi nomeado o país do ano no evento, graças ao grande potencial de negócios no setor.


No BATIMAT ocorre mostra de equipamentos de construção, materiais e serviços da indústria. Nesta 28ª edição serão 2.300 expositores, apresentando produtos, equipamentos e soluções técnicas para a construção sustentável e inovações. São aguardados mais de 380 mil visitantes, representando mais de 170 países.


A missão da Secretária Nacional de Habitação está diretamente relacionada a dois projetos do PBQP-H, e a aspectos de interesse do MCMV, como qualidade de materiais, aperfeiçoamento da normalização técnica para a habitação, Sistema Nacional de Aprovações Técnicas, Sistema de Avaliação de Conformidade de Empresas de Serviços e Obras.


Inês Magalhães também irá participar na França do seminário internacional Construbusiness Brasil 2022, e visitar a Villeneuve-Saint-Georges e a Agence Nationale de Rénovation Urbaine (Agência Nacional de Renovação Urbana).



Fonte: Ministério das Cidades

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Conselho do FGTS amplia acesso à moradia popular

O Conselho Curador do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) publicou hoje no Diário Oficial da União resoluções que facilitam à população de baixa renda o acesso a moradia. A primeira delas aumenta de R$ 3,9 mil para R$ 4,3 mil a renda familiar mensal bruta exigida para a concessão de financiamento à habitação popular. Para municípios de regiões metropolitanas, sedes de capitais estaduais e municípios com população igual ou maior que 250 mil habitantes o limite de renda continua em até R$ 5.400,00.


Em outra resolução, o Conselho autoriza a inclusão da Concessão de Direito Real de Uso (CDRU) e da Concessão Especial para Fins de Moradia (CUEM) no rol de garantias admitidas nas operações de financiamento habitacional com recursos do FGTS. O ministro do Trabalho, Carlos Lupi, que preside o conselho, explicou que a ampliação do limite operacional para financiamento se deve ao crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) per capita das cidades com população abaixo de 250 mil, identificado pelo IBGE.


Fonte: Diário do Grande ABC