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quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Para construir ou reformar.

Segmento de materiais de construção cresce 6,8% favorecido pelo financiamento.

Rio - Com o aquecimento do setor da construção, as vendas no varejo cresceram 6,8% no primeiro semestre do ano, em comparação a igual período de 2012, segundo o IBGE. Para quem pretende construir ou reformar pode ser o momento oportuno para aproveitar as modalidades de financiamentos disponíveis na compra de material, que não atraem muito os consumidores em função da falta de informação dos clientes. Bancos oferecem linhas de crédito com taxas a partir de 0,90% ao mês e longo período para pagamento.

O Construcard, da Caixa Econômica Federal, trabalha com juros que começam em 0,90% ao mês e mais Taxa Referencial com prazo de até 96 meses. O Banco do Brasil cobra 1,61% ao mês, mas as taxas variam conforme o prazo e o estabelecimento da compra. O pagamento é feito em até 54 meses. Já no Construshop, do Itaú-Unibanco, os juros são a partir de 2,52% ao mês, sem cobrança de tarifas, e com até 54 meses para quitação. Procurado pelo DIA, o Bradesco não se manifestou sobre as condições oferecidas.

Apesar das facilidades, os financiamentos representam pouco no volume de vendas. “Das compras a prazo, 80% são feitas com cartão de crédito”, frisou João Batista Junior, que presidiu a Associação da Rede Construir até 2012. O cartão tem juros médios de 10% ao mês, muito acima das linhas para compra de material de construção.

R$ 1 BILHÃO EM CRÉDITO

Lançado em junho, o Programa ‘Minha Casa Melhor’, destinado à aquisição de móveis e eletrodomésticos, já repassou cerca de R$ 1 bilhão em crédito a 220 mil famílias beneficiárias do ‘Minha Casa Minha Vida’, segundo a presidenta Dilma Rousseff.

Cartão de crédito é o mais usado

Gerente da loja Dibrama, na Lapa, Marcelo Daumas França afirma que a procura pelo Construcard não chega a 10% das compras. O meio mais usado, ressalta, é o parcelamento no cartão de crédito.

Edilson Ribeiro, proprietário da Edil Material de Construção, no mercado há 22 anos, diz que só atende a duas modalidades de pagamento, sendo débito ou crédito (cartão) ou boleto. “Tentei cadastrar a loja na Caixa, mas me exigiram tanta coisa, tantos documentos, que desisti”, explica.
A comerciante Graciema da Silva prefere juntar dinheiro, pesquisar e efetuar a compra de material à vista. “Há um ano fiz uma obra e neste estou fazendo mais uma reforma. Viemos de Copacabana até o Centro da cidade procurando os melhores preços”, conta.

PRINCIPAIS BANCOS

BANCO DO BRASIL
No BB, para crediário de R$ 5 mil, em 24 vezes e juros de 1,61% ao mês, a prestação fica em R$ 252,82 e o valor final alcança R$6.067,68. A mesma quantia financiada em 60 meses, se for com taxa de 1,61%, a mensalidade seria de R$130,58 e o valor total R$7.834,80.

ITAÚ-UNIBANCO
No Itaú-Unibanco, financiando R$ 5 mil em 24 parcelas a 2,52%, a prestação fica em R$ 280,18 e o valor final chega a R$6.724,32. Caso o parcelamento seja em 60 meses, e se o banco cobrar a mesma taxa, a mensalidade é de R$162,50, o que vai totalizar R$ 9.750 no término do financiamento.

CRÉDITO
Segundo o Banco Central (BC), a média diária do crédito concedido às pessoas físicas cresceu 13% em julho. Neste semestre, o crescimento foi impulsionado, principalmente, pela maior demanda por recursos no cartão de crédito (22,2%) e no crédito consignado (16,3%).

PERFIL DO CLIENTE
Em todas instituições bancárias, as taxas variam conforme o perfil e o histórico do cliente, havendo mais de uma tabela de juros.

CARTÕES
Nos três primeiros meses do ano foram movimentados R$ 189,43 bilhões em transações com cartões de crédito e débito no país, um crescimento de 16,9% no primeiro trimestre deste ano em comparação a igual período de 2012. A Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) estima que o setor feche 2013 com expansão entre 15% e 20%.

PAPEL-MOEDA
Além disto, o Banco Central informou que dinheiro continua sendo o meio mais usado para pagamentos pelo consumidor, apenas para transações de baixo valor. No entanto, o governo federal regulamentou recentemente o pagamento por meio de dispositivos móveis, possibilitando o uso de celulares smartphones para a finalidade de crédito e débito.


Fonte: Odia.ig.com