As iniciativas públicas e privadas, juntamente com o
terceiro setor, estão se unindo para repensar os projetos habitacionais do
Minha Casa, Minha Vida em que a unidade habitacional deixa de ser a única preocupação para dar
lugar a integração da casa com o meio social. Na cidade de Rio Claro está sendo
colocado em prática um piloto nestes moldes e para isso, será firmado um convênio
entre a Prefeitura da cidade, do Grupo Cobansa e o projeto Mulheres que
Constroem, com orientação técnica da Associação Brasileira de Cimento Portland
(ABCP). A parceria será firmada na quinta-feira, 4 de abril, durante o 57º
Congresso Estadual de Municípios, em Santos, com a presença do prefeito de Rio
Claro, Palmínio Altimari Filho.
O convênio prevê a construção de mil unidades habitacionais
destinadas a famílias com renda mensal menor do que R$ 1600,00 e de uma creche
para atender a demanda dessas novas famílias, além de promover a capacitação de
mão de obra feminina e o desenvolvimento de um projeto técnico de mobilidade
urbana voltado para o empreendimento, nos conceitos de sustentabilidade de um
Bairro Saudável. A ideia é que o conceito utilizado para a concepção do
empreendimento seja um modelo a ser seguido pelos poderes públicos de outras
cidades.
O sistema construtivo faz toda a diferença
Um dos diferenciais do piloto em Rio Claro é a escolha do
sistema construtivo. Com a adoção das estruturas pré-moldadas de concreto, as
unidades habitacionais - que inicialmente foram planejadas para contemplar, em
sua maioria, famílias inseridas na Faixa 2 do programa Minha Casa Minha Vida -,
tiveram seu custo global reduzido. Isso possibilitou uma readequação do
projeto, que passou a privilegiar 70% de famílias de renda mais baixa (Faixa
1). “A utilização desses sistemas construtivos industrializados permite o
retorno antecipado do investimento, pois a execução do cronograma torna-se mais
dinâmica. Além de melhorar a gestão, aumentando a produtividade e a
competitividade, os sistemas reduzem os desperdícios e, desta forma, permitem
uma redução significativa do custo da obra”, analisa Mario William Esper,
gerente de relações institucionais da ABCP.
Com a expertise no desenvolvimento de programas voltados
para a infraestrutura, a atuação da ABCP prevê orientação técnica para a
elaboração do projeto de mobilidade urbana do empreendimento, incluindo
calçadas inteligentes, ciclovias e a utilização de pavimento permeável, bem
como a otimização de custos do sistema construtivo.
“Chefas” de família
Muitas
das famílias que serão beneficiadas pelas novas unidades são chefiadas por
mulheres. Pensando nisso, o convênio que será firmado nesta quinta-feira conta
com a participação do projeto Mulheres que Constroem, liderado pelo Sindicato
dos Trabalhadores da Construção Civil (Sintracon/SP). O projeto será
responsável pela capacitação e orientação das mulheres para que elas possam
realizar as melhorias que a casa demandará com o passar do tempo. “Entendemos que
a pessoa que mais pode cuidar do patrimônio é a mulher e esse é mais um motivo
para levarmos a elas qualificação profissional no setor da construção civil”,
explica Ana Paula Tavares, coordenadora do Mulheres que Constroem.
Fonte: Press Services
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