As secretarias municipais de Habitação, de Trabalho e Renda e o Conselho de Habitação estão empenhados em auxiliar famílias adquirentes de unidades habitacionais do programa Minha Casa Minha Vida (PMCMV), no sentido de que possam se envolver em atividades que gerem algum tipo de renda para o exercício da cidadania plena.
Preocupados com essa situação, técnicos da Companhia de Habitação Popular de Campinas (Cohab-Campinas), da Secretaria Municipal de Habitação (Sehab), da Secretaria de Trabalho e Renda, da SETEC - Serviços Técnicos Gerais, do Conselho de Habitação, do Sindicato do Comércio Varejista de Feirantes e Vendedores Ambulantes de Campinas, do setor de microcrédito da Caixa Econômica Federal e assistentes sociais, reuniram-se na tarde desta terça-feira, dia 24 de julho, na sede da Cohab-Campinas, com o intuito de tentar encontrar alternativas para que os adquirentes de unidades habitacionais, especialmente do Jardim Bassoli, na região Noroeste da cidade, possam praticar alguma atividade que gere ocupação e renda.
O fato de estar desempregado, ou de não possuir nenhum tipo de renda mensal, não exclui nenhuma pessoa do cadastro habitacional, nem dos sorteios de unidades habitacionais. Porém, reunir várias pessoas desempregadas (ou em subemprego) nos condomínios do PMCMV, sem a prestação de apoio específico para mudar essa realidade, mostra-se ineficiente no processo de restauração da cidadania.
Segundo a assessora técnica do trabalho social da Cohab-Campinas, Maria Cristina de Souza, a reunião serviu para intensificar uma proposta que já faz parte do Plano de Trabalho Técnico Social (PTTS) que é a de proporcionar às famílias oportunidades de capacitação profissional.
“A proposta que apresentamos foi a de realizar, na região, feiras livres e feiras de artesanato. Com essas duas novas frentes de trabalho, todo o entorno do Jardim Bassoli será beneficiado, além das pessoas desempregadas e das que vivem do subemprego”, afirmou Maria Cristina. Uma nova reunião de trabalho está agendada para o próximo dia 9 de agosto.
Requalificação e Autonomia
Todos os moradores dos conjuntos habitacionais implementados por meio do PMCMV são integrados a um Plano de Trabalho Técnico Social (PTTS), realizado pela Cohab-Campinas durante 12 meses. Neste período, as famílias recebem orientações em diversas frentes, com o objetivo de resgatar a cidadania dos beneficiários.
Por meio desse, as pessoas recebem noções sobre coleta seletiva do lixo, como funciona a vida em condomínio, economia doméstica e outras frentes já que, diferentemente de quando moravam em áreas impróprias ou de risco, terão de arcar com custos fixos mensais.
A Caixa Econômica Federal é responsável pelo financiamento e acompanhamento da execução dos trabalhos. Já a Prefeitura, por meio da Sehab e da Cohab-Campinas, tem a função de elaborar o PTTS, disponibilizar profissionais para executar as ações e apresentar relatórios financeiros e de atividades à Caixa Econômica.
Além de preparar os beneficiários do MCMV para a vida em condomínio, o PTTS prevê ainda a utilização da estrutura de equipamentos públicos e secretarias municipais, no intuito de encaminhar as famílias em diversas frentes: capacitação para o trabalho, promoção de ações em saúde, educação, assistência social, entre outras.
Fonte: Site Prefeitura de Campinas, Edison Souza