Ancorado pelo incentivo do governo federal ao setor através do programa Minha Casa, Minha Vida (MCMV), por linhas de financiamento bancário, como o Construcard da Caixa Econômica Federal (CEF) e diante de um estoque de 61 milhões de moradias, o mercado de reforma e construção estima um investimento de R$ 32 bilhões anuais em manutenção de imóveis, como aponta estudo encomendado pelo Clube da Reforma à LCA Consultoria e ao Instituto Data Popular. Um mercado que movimentou R$ 55 bilhões no ano passado, o comércio de materiais de construção no País está otimista para este ano, como indicou a Associação Nacional dos Comerciantes de Material de Construção (Anamaco) à publicação Istoé Dinheiro.
A perspectiva também é positiva segundo dados do Sinduscon-SP e da Fundação Getúlio Vargas (FGV), que apontam um crescimento entre 3,5% a 4% no Produto Interno Bruto (PIB) da construção civil no País. De acordo com o Clube da Reforma, aproximadamente 35% do PIB do setor é proveniente do mercado de autogestão que engloba gastos com novas unidades, ampliação e melhorias, além de reformas.
Esse mercado tem grande potencial de expansão, pois o aumento da renda, acompanhado da melhora da distribuição de renda e da maior disponibilidade de crédito, fez com que milhões de famílias passassem a ter acesso a novos produtos e serviços , indica a gerente de autoconstrução da Associação Brasileira de Cimento Portland (ABCP), Carina Saito. A ABCP lidera o Clube da Reforma plataforma que reúne empresas, organizações sociais e movimentos do setor que buscam a melhoria de condições de moradia para população de baixa renda.
O estudo realizado pela LCA Consultoria e pelo Instituto Data Popular aponta que num período de 12 meses a partir de setembro de 2012 16,8 milhões de residências no Brasil vão passar por algum tipo de reforma. Um potencial desse mercado está concentrado nas classes D e E, que indicam a necessidade de melhorias em suas casas. A reforma é uma boa opção para diminuir o déficit qualitativo de residências, pois atinge mais pessoas e é mais barato do que as demais alternativas de habitação , afirma Carina Saito.
Ainda assim, o déficit por moradia no País ainda precisa ser solucionado. Até 2024, o Brasil precisa construir cerca de 23,4 milhões de novas moradias para suprir essa demanda, de acordo com estudos da FGV para a Construbusiness um complexo que congrega toda a cadeia produtiva da construção civil.
Fonte: CBIC