A Companhia
Municipal de Habitação (Cohab) de Londrina, está dando um
prazo até 27 de fevereiro para que os mutuários com prestações em atraso
possam renegociar suas dívidas com benefícios e isenções atuais previstas em um
decreto municipal de 2010. Após este prazo, um novo decreto, publicado na
última semana no Jornal Oficial do Município, passa a vigorar, acabando com
alguns benefícios.
O presidente
da Cohab em Londrina, José Roberto Hoffmann, disse que o decreto 1402/2013 vai
substituir o anterior, reduzindo prazos para parcelamento das dívidas e
acabando com o desconto de 75% sobre juros de mora. "Estamos propondo esta
substituição porque o decreto tinha prazo indeterminado para as pessoas
renegociarem as dívidas. Com isso, deixavam de pagar e a qualquer momento
voltavam a renegociar aqui. Isso estava incentivando a inadimplência, pois
sabiam que poderiam renegociar com vantagens, descontos etc, mesmo pagando em
atraso", salientou à Rádio Paiquerê AM. "Estamos mantendo o decreto
atual até o dia 27 de fevereiro. Após este prazo, quem for renegociar estará
sujeito às novas regras", afirmou.
Entre as
mudanças, além de acabar com o desconto de 75% nos juros e mora, há a redução
do prazo de renegociação da dívida, que era de 300 meses, para 240 meses. Além
disso, os valores das parcelas mínimas que variavam de R$ 15,00 a R$ 50,00,
dependendo do tipo de renegociação feita, passou a variar de R$ 75,00 a pouco
mais de R$ 100,00. "Precisamos que os mutuários da Cohab comecem a pagar
suas prestações em dia. As prestações são baixas e tem que ser dada prioridade
para a prestação da habitação. Este é o nosso objetivo. Quem não procurar
renegociar as dívidas até 27 de fevereiro, vai passar a renegociar conforme o
novo decreto", salientou.
Atualmente
as dívidas a receber pela Cohab somam mais de R$ 87 milhões. E dos 10.700
contratos em vigor, 4.232 estão com três ou mais parcelas em atraso, ou seja,
cerca de 39% dos mutuários. "Há um grupo de mutuários que está há mais de
um ano sem pagar as prestações, e até com cobranças no jurídico. Nosso objetivo
não é acionar ninguém juridicamente e nem tirar ninguém de sua casa. Mas não
podemos mais beneficiar os maus pagadores", afirmou.
Fonte:
odiario.com