A alta de 23,5% nos
investimentos federais de janeiro a março decorreu da expansão do Minha Casa,
Minha Vida, disse nesta quarta-feira (25/4) o secretário do Tesouro Nacional,
Arno Augustin. No acumulado do ano, o ritmo de gastos do programa habitacional
superou o das despesas com obras públicas.
Nos três primeiros
meses do ano, o Minha Casa, Minha Vida totalizou R$ 5,1 bilhões, contra R$ 1,1
bilhão no mesmo período de 2011, expansão de R$ 3,9 bilhões. Na mesma
comparação, os investimentos totais do governo federal somaram R$ 15,7 bilhões,
R$ 3 bilhões a mais que os R$ 12,7 bilhões registrados de janeiro a março do
ano passado.
Os números indicam que,
se não fosse o programa habitacional do governo federal, os investimentos
teriam caído R$ 900 milhões no acumulado de 2012. Apesar da queda na execução
das demais obras públicas, Augustin disse que acredita na retomada dos
investimentos no decorrer do ano.
De acordo com o
secretário, os gastos com obras públicas ainda não deslancharam por causa da
burocracia das obras da segunda etapa do Programa de Aceleração do Crescimento
(PAC 2), que provoca demora na liberação dos pagamentos. “Estamos observando o
mesmo fenômeno que ocorreu em 2007, no início da primeira etapa do PAC. Naquela
época, os pagamentos também demoraram a começar”, declarou.
O desempenho do Minha
Casa, Minha Vida também foi o responsável pela expansão de 46,9% nos gastos do
PAC no primeiro trimestre deste ano na comparação com os mesmos meses do ano
passado. As despesas do PAC aumentaram R$ 3,5 bilhões, de R$ 5,5 bilhões de
janeiro a março de 2011 para R$ 8 bilhões nos três primeiros meses deste ano.
Sem o programa habitacional, o PAC teria executado R$ 400 milhões a menos em
2012.
Até o ano passado, o
Minha Casa, Minha Vida era classificado como despesa de custeio, ou seja,
manutenção da máquina pública, porque o dinheiro é aplicado em subsídios para
financiamentos habitacionais, não na construção de moradias. Neste ano, porém,
as despesas do programa passaram a ser registradas como investimentos. Os
recursos do programa habitacional, no entanto, sempre foram incluídos no PAC.
Fonte: Correio Braziliense
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