Após anunciar corte R$ 44 bilhões nos gastos em 2014, o
governo vai reduzir em R$ 7 bilhões do montante destinado ao Programa de
Aceleração do Crescimento, que subsidia o MCMV
Responsável por 328,1 bilhões de execução global das obras
do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC2) em 2013, este ano, sofrerá
redução orçamentária na faixa de em R$ 7 bilhões. O anuncio foi feito pelo
governo federal, que vai cortar R$ 44 bilhões nos gastos em 2014. O PAC foi o
segundo tipo de gasto mais afetado, passando dos R$ 61,46 bilhões para R$ 54,46
bilhões.
Subsidiado pelo PAC, o Minha Casa, Minha Vida, também sentirá
os impactos, uma vez que também faz parte da folha orçamentária do programa
federal. Em 2013, chegou a entregar 1,51 milhão de moradias, o que, segundo o
balanço feito pelo Comitê Gestor do PAC, essa quantia equivale à região
metropolitana de Belo Horizonte (MG), terceira maior do país. As contratações
até dezembro de 2013 somam, ao todo, 3,2 milhões de unidades, sendo 2,24
milhões de moradias contratadas no MCMV2.
Em entrevista ao Lugar Certo, o presidente do Sindicato da
Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo (SindusCon-SP), Sergio
Watanabe, alerta ao governo sobre o acordo firmado com o setor nesse ano de
2014. "Espero que o governo mantenha seu compromisso de não afetar os
recursos para os programas sociais e mantenha integralmente as verbas previstas
para as contratações de moradias, em 2014, da segunda fase do Programa Minha
Casa, Minha Vida. Projetos do PAC como o do trem-bala, por exemplo, podem ser
postergados sem maiores impactos sociais imediatos", enfatizou.
Com o corte de R$ 44 bilhões, o governo pretende atingir
este ano um superávit primário equivalente a 1,9% do Produto Interno Bruto
(PIB), correspondente a todo o setor público consolidado, buscando com isso
manter os fundamentos da economia e a confiança dos investidores internacionais
e do mercado interno.
Fonte: Correio Braziliense