Já está em andamento um projeto que reúne forças do Plano de
Aceleração do Crescimento (PAC), do Ministério das Cidades e da Prefeitura de
João Pessoa para mudar a realidade 12 comunidades inseridas em áreas de risco
na Capital. “A gente tem trabalhado de
forma preventiva, identificado pontos de áreas de risco e repassado para outras
secretarias”, contou o coordenador da Defesa Civil, Noé Estrela.
Segundo Estrela, é questão de tempo para várias dessas
comunidades deixem a lista de áreas de risco. “A comunidade Novo Horizonte vai
deixar de ser área de risco. Toda a comunidade será retirada. Toda a Comunidade
do Timbó está passando por um projeto estruturante, com construção de muros de
encosta. A Comunidade do S está em processo de licitação para que os moradores
possam adquirir uma área para construção de casas. Também a Comunidade
Saturnino de Brito estamos incluindo nas obras. Outra que também foi incluída é
a Santa Clara, que já estamos trabalhando com projeto dentro da comunidade”,
pontuou.
A Defesa Civil revelou que das 35 comunidades antes
listadas, o número decresceu para 31. “E a intenção é diminuir muito mais
isso”, frisa Estrela, que acrescenta: “Todas as Secretarias se envolvem nesse
projeto, principalmente a Secretaria da Habitação e Desenvolvimento Social”,
comemora.
Habitação – A secretária da Habitação do Município informou
ao portal Paraíba.com.br que a
Prefeitura de João Pessoa solicitou do Ministério das Cidades recursos para
atender algumas favelas de João Pessoa. “Não temos favelas no nível de Rio de
Janeiro e São Paulo, chamamos de comunidades subnormais”, corrigiu a secretária
Socorro Gadelha.
Duas grandes áreas da Capital foram escolhidas, as
comunidades que fazem parte do Complexo Beira Rio, onde constam as Comunidades
São Rafael, Cafofo, Nildo Bandeira, entre outras. A outra área compreende as
comunidades que seguem a linha férrea, como o Porto do Capim e a Saturnino de
Brito.
“Nós já estamos trabalhando com a Saturnino de Brito,
colocando em curso a licitação para construção de 400 casas. No Timbó, estamos
fazendo um trabalho de contenção da barreira e muitos que estavam em situação
de risco agora estão com auxilio aluguel aguardando entrega de casa que vai
ocorrer dia 15 de agosto. Na Comunidade Taipa,
64 apartamentos serão entregue daqui a cerca de 20 dias; na Ilha do
Bispo vamos entregar 24 apartamentos, para pessoas que viviam em áreas
insalubres”, contou Gadelha.
O Roger - O Roger é outro bairro que sofre intervenções e
que também tem moradores vivendo em áreas de risco. Os moradores estão sendo
realocados para o conjunto Vale das Palmeiras. Os imóveis serão entregues pela
Prefeitura até o final do mês.
Projeto Porto do Capim – A secretária ainda lembrou o
Projeto do Porto do Capim, que vai
entrar em licitação. Serão 287 apartamentos. Questionada se a área do Porto do
Capim sofrerá melhorias após a saída dos moradores, a secretária explicou.
“Às vezes tem condições técnicas para fazermos intervenções
e costumamos fazer uma praça, mas tem lugares que tem que derrubar, porque
tecnicamente é impossível fazer melhoramento”, revelou.
Nessas comunidades, no caso do Porto do Capim, os moradores
ficarão a apenas 250 metros de onde moram. No Timbó os realocados permaneceram
bem próximo de sua antiga moradia. A ideia é causar o menor impacto possível na
vida das comunidades.
Os investimentos estão em torno de R$ 80 milhões, advindos
em parte do Ministério das Cidades, caso das construções do Vale das Palmeiras,
onde serão encaminhados moradores do bairro do Roger.
A secretária fez questão de frisar que neste valor também
estão recursos do PAC. Em ambos os casos há sempre contrapartida da Prefeitura
de João Pessoa. Apenas uma comunidade sofre intervenção com recursos próprio, o
Timbó.
Fonte: Paraiba.com
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