Até o fim deste ano, devem ser entregues 15 mil casas em todo o Piauí.
Em Teresina, 90 mil pessoas estão inscritas no Minha Casa, Minha Vida.
O governo do estado pretende entregar até o fim deste ano 15 mil casas em todo o Piauí. Mesmo assim o déficit na habitação está longe de ser superado. Somente em Teresina faltam 55 mil casas para atender a demanda da população.
A dona de casa, Aparecida Pereira, é uma das pessoas que sofre com o problema. Ela mora com o marido e mais quatro filhos em uma casa de taipa. O espaço do único cômodo serve como sala, cozinha e quarto. Não há janelas, mas foi o que ela conseguiu levantar depois que perdeu a primeira casa no último período chuvoso.
"A casa não está muito segura. Quando vem a chuva muito forte a água passa para dentro. E até agora não tive condições de rebocá-la", conta.
No Parque São Jorge, na zona Sul de Teresina, pelo menos 100 famílias vivem em moradias precárias. Com as primeiras chuvas algumas já caíram. Parte dos moradores conseguiu ser beneficiados pelo programa Semeando Moradia, mas até hoje não receberam as casas. "Alguns contratos foram assinados, mas a casas não foram feitas. Já tivemos por duas vezes conversando com o presidente da ADH e ele disse que tomaria providências, mas até agora nada", diz o líder comunitário, José da Cruz.
Segundo a Agência de Desenvolvimento Habitacional (ADH), cerca de 260 mil famílias não têm moradia no Piauí. São mais de um milhão de pessoas que não têm um teto para morar ou vivem em habitações irregulares.
A secretária municipal de habitação, Luciana Maia, não sabe precisar quantas unidades foram construídas pelo município esse ano. Segundo ela, 90 mil pessoas estão inscritas para a segunda etapa do Programa Minha Casa, Minha Vida. "A seleção vai ser feita em janeiro de 2013 e a previsão é que as casas comecem a ser entregues em março do mesmo ano", avalia.
De acordo com a ADH, o ano de 2012 deve ser fechado com 15 mil novas casas entregues a população, mas o próprio diretor do órgão, Gilberto Medeiros, reconhece que com esse ritmo ainda vai demorar muito para o déficit chegar a números aceitáveis.
"A gente faz uma projeção de que em 20 ou 30 anos nós teremos um déficit habitacional a níveis aceitáveis. É um processo que vai depender da disponibilidade de recursos da união para que esse programa continue em pleno andamento e que haja capacidade das instituições e das entidades sociais no sentido de produzir moradia", completa Medeiros.
Fonte: G1
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