Números apontam que pelo menos 21,3 mil ainda vivem sem
infraestrutura básica em comunidades.
Programas de moradias populares retiraram 9.010 pessoas das
favelas de Ribeirão Preto em três anos. Mesmo assim, 21,3 mil habitantes,
equivalente a um em cada trinta moradores da cidade, seguem em assentamentos
precários.
De acordo com levantamento realizado pela Secretaria de
Assistência Social, antes das remoções, 28,5 mil habitantes viviam em
assentamentos precários. Após as retirada das 9 mil pessoas, o número caiu para
19,5 mil.
No período, porém, pelo menos seis novos núcleos foram
identificados pela reportagem. Juntos, as novas comunidades têm 1.830
habitantes, fazendo o número de pessoas em assentamentos pular para, pelo
menos, 21,3 mil.
Moradores transferidos de uma das 16 favelas extintas para
casas e apartamentos, comemoram o fato de deixar o assentamento. Para o casal
alagoano João Afonso Silva, de 65 anos, e Maria da Conceição, 57, a mudança da
Favela do Monte Alegre [foi urbanizada há 3 anos] para o Paulo Gomes Romeo foi
a melhor coisa que ocorreu.
“Morar em favela é humilhante. Hoje tenho uma casa bonita”,
disse o pintor aposentado mostrando os muros que construiu no entorno do
imóvel. “Hoje posso criar a minha netinha [de 6 anos] com tranquilidade”,
afirma Maria da Conceição.
Reclamação
Mas nem tudo são ‘flores’. Alaide Gonçalves, de 35 anos, que
também saiu da Favela do Monte Alegre, é feliz por ter casa própria, mas
reclama do descaso. “Moro em frente ao parque [Rubem Cione]. O local não tem
calçada e cheio de entulho. Outro dia peguei vários ratos dentro da minha
casa”, reclamou.
Números.
Em outubro de 2010, Ribeirão Preto tinha 49 favelas. Desde
então, 16 núcleos foram extintos ou urbanizados. Hoje, com os seis novos
núcleos, são 39 favelas.
O Anjico, na zona Oeste, foi formado pelas casas restantes
da antiga Favela da Barragem, que foi removida. Na mesma região, no cruzamento
das ruas Paraná e Javari, uma área particular foi invadida em março. A
prefeitura derrubou, por duas vezes, os barracos, mas as famílias permaneceram.
Fonte: Jornalacidade.com
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