A construção de casas populares
através do projeto Minha Casa Minha Vida, no Loteamento Planalto, no bairro
Nova Monlevade, foi discutida pelos vereadores na reunião da Câmara desta
quarta-feira (25). O assunto foi levantado pelo representante do Sindicato dos
Trabalhadores na Construção Civil, Gilson Morais Santiago, que se pronunciou na
Tribuna Popular. Gilson contou que visitou as obras e achou as construções
muito ruins. “As casas não tem base, nem colunas, é um perigo aquilo tudo cair
depois de uma grande chuva”, disse.
O presidente da Casa, Guilherme
Nasser (PSDB), ressaltou que o projeto é de alvenaria estrutural, referente aos
modelos federais, direcionados a quem recebe até três salários mínimos.
Serão construídas 834 casas,
germinadas de duas a duas. Todas serão compostas por dois quartos, sala,
cozinha, banheiro, aquecedor solar e forro de PVC. Também há um espaço na
lateral dos imóveis que o futuro morador poderá utilizar para ampliá-lo.
O vereador Belmar Diniz (PT) destacou
a atual falta de estrutura do bairro e afirmou que, com o aumento da população
no local, os problemas já existentes podem piorar. “As escolas do bairro não
têm vagas, não há creches suficientes para atender a todas as famílias. O
Centro de saúde do Novo Cruzeiro é pequeno e nunca foi ampliado, desde a sua
inauguração. O transporte público também é precário. Para quem anda no ônibus
30, sabe o que eu estou falando”, declarou o vereador. Ele cobrou ainda que o
Executivo direcione projetos do Plano Plurianual (PPA) para o loteamento.
Segundo o vereador Telles Guimarães
(PSC), até o final do mês serão gerados 300 empregos diretos na obra. O
vereador Leles Pontes (PRB) contou que o projeto foi elaborado de acordo com as
normas de acessibilidade, com rampas e portas mais largas, para os deficientes
físicos poderem se locomover com mais facilidade. Ele também sugeriu que a
Câmara fizesse uma visita a alguma cidade da região que já tenha esse tipo de
construção para tranquilizar a população.
Chuva
Outro ponto levantado na reunião foi
o perigo das chuvas no loteamento, pois as casas estão sendo construídas de
baixo para cima, em morros, umas mais altas, outras mais baixas. Os vereadores
questionaram o risco dessas moradias desabarem, pela falta de bases
estruturais.
A reportagem esteve na obra ontem
(26) e conversou com um engenheiro, que não pôde se identificar por orientação
da empresa. “A população pode ficar tranquila. Existem projetos de drenagem de
águas pluviais. Serão construídos muros de arrimo para contenção da encostas,
asfalto em toda a via que cerca as casas e uma parte será gramada”, contou. A
previsão é que o loteamento seja entregue em setembro de 2014, com asfaltamento
e toda estrutura prevista.
Imposto
A isenção do Imposto Sobre Serviços
(ISS) no valor de 6% para a empresa EmCasa Construtora, responsável pela obra,
também foi discutida na reunião. Essa isenção é uma orientação do Governo
Federal para as empresas que participam do Programa Minha Casa Minha Vida como
forma de incentivo.
Guilherme disse que este recurso será
revertido para o próprio bairro, com construção de creches e a instalação de
uma unidade da Polícia Militar, além da ampliação da Escola Cicinha Moura.
Vanderlei Miranda (PR) destacou que essas casas não podem ser usadas para
politicagem. “Que fique claro que as pessoas vão pagar por suas moradias. Nada
será doado pelos políticos. Este é um programa da Caixa Econômica Federal,
junto ao Governo, que visa beneficiar as pessoas que ainda não tem casa
própria”, concluiu.
Fonte: anoticiaregional.com.br
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