A Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção
(Abit) quer a inclusão de produtos de cama, mesa e banho, numa espécie de
"kit enxoval" ou "kit têxtil", no rol de itens financiáveis
no programa Minha Casa Melhor, que oferece crédito a mutuários do programa
Minha Casa, Minha Vida. A proposta foi feita ao governo há cerca de dois meses.
Na reunião do conselho da Abit, nesta quinta-feira, 31, no
Rio, o presidente da Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial (ABDI),
Mauro Borges Lemos, informou que a ideia está em análise pelo governo. Segundo
o presidente da Abit, Aguinaldo Diniz Filho, a proposta pode ampliar em 10%, ou
em R$ 1,5 bilhão, o faturamento anual do segmento de cama, mesa e banho.
Pelo projeto do setor têxtil, do limite de R$ 5 mil
oferecido para os mutuários do Minha Casa, Minha Vida no cartão da Caixa, R$
1,3 mil seria destinado a 39 itens de cama, mesa e banho, aí incluídos lençóis,
toalhas de banho e mesa, carpetes, edredons, cobertores etc. "Esse kit é
melhor para uma família", disse Diniz a jornalistas num intervalo da
reunião da Abit.
O pressuposto é que, para as famílias incluídas no Minha
Casa, Minha Vida, esses produtos seriam mais urgentes que eletrodomésticos e
eletroeletrônicos, como "tablet ou forno eletrônico". "A gente
tem um pleito de pagamento de 48 meses, com juros baixos, semelhantes ao do
Minha Casa Melhor, em lojas coordenadas, e que, absolutamente, não sejam
produtos chineses", completou o presidente da Abit.
Ao lado da ampliação do escopo do Minha Casa Melhor, a
prioridade da Abit para 2014 é a aprovação do Regime Tributário Competitivo
para a Confecção (RTCC), também apresentada ao governo federal no primeiro
semestre. Nesse caso, a proposta é a alíquota média dos tributos federais sobre
o segmento de confecção (a "ponta" da cadeia têxtil) passar de 18% -
20% para 5% - 6%. O regime poderia até ser temporário.
"A gente tem tanta confiança que, se o governo desse um
período de três anos, cinco anos, ele vai sentir que vai arrecadar mais, vai
gerar mais impostos e que vai gerar mais riqueza para o País, em todo o Brasil,
pela capilaridade da indústria têxtil", resumiu Diniz Filho.
Fonte: Agencia Estado
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